sábado, 5 de outubro de 2013

Franqueza - Frankness


O significado dessa carta do tarot, embora positivo, varia bastante abarcando o tema da franqueza e da liberação. 

A proximidade das festas de fim-de-ano, nos apresenta esse problema porque nos faz refletir sobre a falta de liberdade que muitos sentem em serem o que são. Isto fica ainda mais crítico quando se é preciso agir com insinceridade simplesmente para obter a aprovação dos que estão ao derredor. 

Na família, suposto lugar de apoio pessoal, quantas vezes as pessoas precisam ser insinceras, mostrando uma alegria que muitas vezes não sentem? Ou um sucesso que não possuem? Ou então comunicar uma falsa concordância simplesmente para evitar embates com os parentes? Isso é aprisionador porque as máscaras pesam e porque elas são confundidas com a real essência da pessoa. 

As máscaras são um recurso útil por breve tempo; mas se usadas demais, tolhem o crescimento pessoal e leva à uma confusão sobre quem se realmente é.

Por vezes, a fim de saírem da prisão da insinceridade, as pessoas passam a serem  “totalmente sinceras” não importando o outro. Esse tipo de “sinceridade” é infantil, alienante, descuidada, hostil e árida porque, ao invés de ser assentada no que pessoa verdadeira é, sua raiz é a refuta da imposição, pelos outros, daquilo que eles querem que ela seja. O resultado é alguém amargo, defendido, sem amigos, intolerante e focado em ser o negativo dos outros. Pela impossibilidade de a pessoa enxergar quem ela é e, por ainda continuar fixada no julgamento do outro, obstaculiza o próprio crescimento pessoal. Afinal, ser o oposto do que os outros desejam, é tão insincero e falso quanto se ajustar ao que eles desejam deles. Ainda que paradoxal, esta afirmação é verdadeira e complexa. 

Uma boa psicoterapia auxilia as pessoas no discernimento disso.
Miguel A. de Mello Silva CRP 06/37737-2 (19) 3213-4716 (19) 3213-6679 psicmello@gmail.com
-x-o-x-
The meaning for this tarot card, though positive and varied, implies the issue of the frankness and the liberation.
The proximity of year's end parties present us this problem because it makes us to reflect on the lack of liberty that many feel about being who they are. This is even more critical when it is needed to act insincerely only to get approval by others.
Inside the family, supposedly the place for personal support, how often people feel they need to be insincere, to show the joy they many times do not experience? Or conquests they never got? Or to express false agreement only to avoid trouble with relatives? This is imprisoning because the masks weigh and are mistaken as the person's real essence.
Masks are an useful resource but not for long; if they are overused, they hamper the personal growth and lead to confusion about who one really is.
Eventually, in order to escape the prison of insincerity, people became "totally sincere" not caring for others. This type of "sincerity" is childish, alienating, careless, hostile and arid because, rather than to be settled down on who the person really is, its roots are based on the refutation of others impositions for he/she to be what they want he/she to be. The outcome of this is someone who is bitter, defended, socially secluded, intolerant and focused in becoming the negative of the others. Not being able to visualize who he/she is and for still go on fixed on what the others want, he/she is so insincere and false as when they had to adjust to what others want from them. Despite being paradoxical this statement is still true and complex.
One good psychotherapy would help people to discern it.
Miguel A. de Mello Silva CRP 06/37737-2 (19) 3213-4716 (19) 3213-6679 psicmello@gmail.com 

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