De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si mesmo? Toda conquista traz o sentimento de domínio sobre o mundo e a impressão de que na vida terá somente vitórias. Essa presunção já é o patamar para a pessoa se lançar na depressão.
Na psicoterapia logo percebemos que a felicidade real difere da aparente visão de um observador externo. São fortes as convenções que definem o que deve ser a felicidade dos outros; no entanto, elas não têm raiz na realidade mais profunda das pessoas. O que faz alguém se sentir estar dominando a vida? Um veículo caro ou a saúde para poder andar a pé? Um prato sofisticado ou aquele alimento que sacia a fome?
A figura do mundo no tarot indaga o sujeito sobre quem está no centro. As convenções são banais porque no centro delas existe o mundo dos outros, ao invés de nós mesmos. Viver pelas convenções é semelhante a passar aos outros uma procuração para que eles determinem como nós devemos ser.
De que adianta cumprir com as convenções e ter apenas os outros dançando dentro de si, no centro da vida? Na figura do tarot, a mulher nua dança tendo as pernas cruzadas como as do homem na carta do enforcado só que em posição inversa. Isso nos indica que a ideia do triunfo contínuo, da conquista eterna, é falsa pois estamos sempre à mercê dos acontecimentos, mais do que percebemos e muito mais do que gostaríamos.
Minha tarefa como psicoterapeuta, algumas vezes, é auxiliar as pessoas a identificarem quem está no centro de suas vidas ou se elas mesmas não estariam apenas seguindo vazias convenções. No avançar disso, o movimento se inicia e surge alguém que dança a vida na plenitude de um sentido pessoal.
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What's the good of earning the world and losing yourself? Any conquest can only bring the feeling of power over the world and the impression that life will only present victories. This assumption is already the springboard for the person to dive into the depression.
In psychotherapy we soon realize that the real happiness differs from the shallow vision of an exterior observer. The conventions that define what others happiness should be are strong. However, they lack the depth of roots into the reality of what real people are. What makes one to feel powerful over the life? An expensive car or the health that enables him/her to walk on foot? A sophisticated dish or one that kills the hunger?
The image of the world in the tarot puts us the question about who is in the centre. The conventions are vain because in their centers it is placed others' worlds, rather than ourselves. To live by conventions is like giving others an affidavit for them to determine how we have to be. What's the good of follow all conventions and to have only the others dancing inside us, in the centre of our lives? In the tarot image, the naked woman dances with the legs crossed like the Hanged Man card, only that they are in a inverted position. This shows us that the idea of a continual triumph, of eternal conquest, is false as we ever are under the effect of the events that life bring upon us, more than we realize and much more than we would like to be.
My task in the psychotherapy, sometimes, is to aid people to see who is in the centre of their lives or if they themselves would be only living in the void of the conventions. Along with this process, the movement is triggered and appears someone able to dance the life in its full personal meaning.
Oi Miguel recebi wsta mensagem. Sobtextonque eacreveu no JORNALZEN. Saudades de seus aetigos...bja
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